Atletas e clubes continuam aguardando o dinheiro… que está no banco…

O companheiro Rodrigo Mattos volta ao assunto de desperdício de dinheiro público para o esporte olímpico, em reportagem publicada no UOL Esporte. Enquanto R$ 70 milhões estão depositados, por falta de regras efetivas para uso, o desperdício é explícito.


A três anos e meio dos Jogos Olímpicos no Rio e campeonatos mundiais no calendário deste ano, quantos atletas são dependentes desses recursos guardados?
E isso ocorre desde março de 2011, quando foi sancionada a Lei 12.395, atualizando a Lei Pelé, fixando, entre  outras normas, os repasses de verbas para a Confederação Brasileira de Clubes (CBC), responsável pela aplicação dos R$ 70 milhões.
Mas a tal regulamentação da nova Lei Pelé, que trata, também, sobre o uso dessa verba está parada no Palácio do Planalto esperando a assinatura presidencial. Há dois anos…

Enquanto isso…
O Ministério do Esporte garante que não precisa regulamentação para usar o dinheiro. Que a Lei é clara nesse sentido. A direção da CBC não aceita o argumento e quer conhecer as regras que estão detalhadas na regulamentação.
O Ministério diz que o dinheiro deve ser gasto da mesma forma que COB e Comitê Paraolímpico fazem com a verba da Lei Piva, que também procede das loterias. A Confederação de Clubes também não aceita.
Faz sentido, pois é verba pública, e isso incomoda muito o gestor se a grana não for aplicada  de acordo com normas específicas.
O TCU está de olho nessas práticas e há exemplos fartos de que a palavra das autoridades do Ministério do Esporte não é o suficiente. Até porque, quem dá essas garantias verbais não é perpétuo no cargo. Amanhã não estará mais ali para testemunhar que deu a ordem e o prejuizo será do gestor.
Assim como no jogo do bicho, vale o que está escrito e, no caso da verba para a CBC,  isso ainda não foi sancionado pela presidente Dilma. Tanto na aposta feita na esquina como na lei em questão a coisa é muito séria… é o Brasil burocrático e complicador.
O que surpreende é que o “bate-boca” pela imprensa dura dois anos, e o saldo bancário cresce mensalmente, pois o dinheiro vem das apostas diárias nas loterias.
O ministro Aldo Rebelo, que conhece muito bem sobre desperdício, pois herdou um ministério farto em corrupção ocorrida na gestão de Orlando Silva, poderia convocar o Conselho Nacional de Esporte, que é órgão de normatização, e fixar regras sobre o assunto, dando reposta definitiva a clubes e atletas.

Presidente eleito da CBAt se reúne com secretário de esportes do Pará

Fonte: CBAt
O presidente eleito da Confederação Brasileira de Atletismo, Toninho Fernandes, reuniu-se com o secretário de esportes do Pará, Marcos Vinicius Eiró do Nascimento, para tratar da edição de 2013 do Grande Prêmio de Atletismo que será disputado em maio no Mangueirão. "Tivemos uma primeira reunião com o secretário e proximamente definiremos os detalhes da competição", explicou Toninho.

Toninho estava acompanhado do superintendente técnico da CBAt, Martinho Santos o gerente administrativo, Georgios Hatzidakis o presidente da Federação Paraense, Ronaldo Lobato o coordenador dos centros de treinamento, Ubiratan Martins Jr. o gerente de eventos, Allyson de Almeida.

Depois da reunião, Toninho Fernandes e Ubiratan Martins Jr. fizeram uma visita à sede da Federação Paraense de Atletismo e foi recebido pelo presidente Ronaldo Lobato e pela vice-presidente Sandra Malcher.

Toninho e o pessoal da CBAt esteve ontem em reunião no Ministério do Esporte em Brasília. "Fomos tratar dos centros nacionais de treinamento", disse Toninho. "O Martinho, o Ubiratan e o Allyson irão à Fortaleza, para uma visita técnica ao CNT CAIXA/UNIFOR", concluiu.
As dimensões e demais parâmetros geométricos da pista de atletismo deverão estar de acordo com o padrão oficial estabelecido pela CBAT – Confederação Brasileira de Atletismo.


Modelo III - 7000m²



  • Ginásio Poliesportivo (arquibancada para 195 pessoas)
  • Área de Apoio (administração, sala de professores/técnicos, vestiários, chuveiros, enfermaria, copa, depósito, academia, sanitário público.)
  • Pista de atletismo

Bolsa Atleta: um “apoio qualquer”?

O secretário de Esporte de Alto Rendimento, Ricardo Leyser Gonçalves, reagiu à reportagem de Rodrigo Mattos, do UOL Esporte, denunciando que atletas pegos em doping e outros  com idade avançadíssima são beneficiados pelo Bolsa Atleta.

“No fundo, no fundo, esses jornalistas `udenoesportista` não gostam mesmo de esporte. Acham ruim qualquer apoio do governo ao esporte”, disparou Leyser no twitter.
Não é “qualquer apoio”, Leyser.

Não trate com desleixo os R$ 70 milhões que serão aplicados em bolsa, este ano. Você é o gestor de um bem que não lhe pertence, um bem público. Zelo, portanto.
O Bolsa Atleta é um programa importantíssimo que deveria estar integrado num projeto  amplo do governo, no contexto com os demais programas que liberam muita grana. Mas ainda não temos isso, mesmo 10 depois da criação do Ministério do Esporte.
E não temos porque falta pessoal qualificado em quantidade suficiente para fiscalizar o destino do dinheiro, por exemplo. Estagiários e bolsistas que ocupam essas vagas não têm compromisso com o serviço público. São passageiros em suas funções. E isso facilita a corrupção, como ficou provado no Segundo Tempo e se está próximo de demonstrar na Lei de Incentivo ao Esporte.
Recentemente, não fosse a denúncia de falcatruas na Confederação de Tênis ninguém saberia que o presidente Jorge Rosa apresentou notas fiscais frias de R$ 440 mil numa prestação de contas da Lei de Incentivo. De tal forma enganosas  que o Ministério reconheceu a fraude e determinou a devolução da grana.
Da mesma forma, se um atleta esperto disser que é campeão sul-americano ou mundial de badminton, por exemplo, e apresentar um documento fabricado com carimbo falso, quem vai comprovar a veracidade do título?
E lá saem R$ 3.100,00 mensais para o bolsita “campeão”.
Jornalista de esporte gosta de esporte, Ricardo Leyser. E gosta, também, de jogo limpo com dinheiro público.

Atletas pegos no antidoping e em outras irregularidades recebem verba do Bolsa-atleta

Anunciado como a maior ajuda do governo federal aos atletas para o Rio-2016, o novo Bolsa-atleta beneficia atletas envolvidos em casos passados de doping. Entre eles, está a ciclista Clemilda Fernandes, que foi acusada pelo próprio Ministério do Esporte de receber irregularmente do programa enquanto estava suspensa por doping. Veteranos cujas presenças são uma incógnita nos próximos Jogos também são favorecidos pela Bolsa.

Levantamento do UOL Esporte identificou pelo menos sete atletas já flagrados em exames antidoping na lista de 4.992 divulgada nesta sexta-feira pelo Ministério do Esporte. São esportistas de atletismo, natação e ciclismo que já cumpriram suas suspensões e estão em atividade.

Para receber o Bolsa, o critério: se está treinando e competindo ou não. Seguimos  a Autoridade Antidopagem: enquanto está suspenso, não pode receber
Ricardo Leyser, secretário de Alto Rendimento do Ministério do Esporte
No Reino Unido, última sede da Olimpíada, o governo decidiu vetar qualquer fundo público para atletas que já tivesse cumprido uma suspensão de pelo menos dois anos por doping. A tese do organismo britânico de esporte é de que receber o dinheiro é um privilégio, não um direito dos atletas. Assim, não deve ser dado para quem já tentou enganar os meios esportivos.
"Temos trabalhado com a questão educativa, que inclui exames antidoping para os participantes do Bolsa-atleta. Mas, para receber o Bolsa, o que conta é o critério: se está treinando e competindo ou não. Seguimos o que diz a Autoridade Antidopagem: enquanto está suspenso, não pode receber", explicou o secretário de Alto Rendimento do Ministério, Ricardo Leyser.

Entre os favorecidos pela bolsa olímpica, a mais valiosa no valor de R$ 3.100, está a ciclista Clemilda Fernandes, que atua em provas de estrada. Ela foi suspensa em 2009 após ser flagrada num antidoping. Ficou dois anos suspensa, mas a Confederação Brasileira de Ciclismo não informou o Ministério. Assim, ela ficou dois anos recebendo o Bolsa-atleta de forma irregular, pois não podia competir, nem treinar.
O Ministério pediu ressarcimento dos valores pagos a atleta, que totalizavam R$ 64 mil. O dinheiro foi devolvido. O caso não impediu que ela estivesse na lista de 2013, após competir em Londres-2012.
"Ela devolveu o dinheiro. Se houve fraude, não foi dela. Foi da Confederação que não nos informou", defendeu Leyser. "Pode haver uma punição na esfera administrativa e judicial porque há um processo em curso. Se for cometido um ato ilícito, se for constatado que ela cometeu um problema, pode sofrer uma punição e não poder mais receber. E até consequência mais graves" O UOL Esporte não encontrou Fernandes para comentar o caso.

Outro ciclista já reprovado no antidoping que receberá fundos do governo é Cleberson Weber, cujo exame constatou a existências de EPO em 2009, o que o levou a ser suspenso.
No atletismo, a bolsa olímpica vai beneficiar Bruno Lins, velocista pego no caso de doping coletivo do Grupo Rede, Maurren Maggi, saltadora em distância, medalhista de ouro em Pequim-2008 e com exame positivo em 2003, e Elisângela Adriano, arremessadora de disco suspensa em 1999. Esses todos estão na maior faixa de remuneração, a olímpica.
Dois atletas da natação também envolvidos com doping estão na lista do ministério: o velocista Nicholas Santos foi flagrado juntamente com César Cielo por uso de furosemida, em 2011. Sua suspensão, como a do então campeão olímpico, foi curta.
A nadadora Pamela Souza teve caso ainda mais recente de doping. Foi flagrada no meio de 2012 com a substância furosemida em sua urina. Levou uma suspensão de seis meses com a alegação de que não era possível determinar como a substância entrou no seu corpo.
O Ministério também investiu em atletas veteranos cujas presença no Rio-2016 é um incógnita até porque alguns chegaram a anunciar a aposentadoria. É o caso da arremessadora Elisângela Adriano. Ela estará prestes a completar 44 anos na Olimpíada no Brasil. Antes de Londres-2012, ela disse que disputaria seu último evento.
Outro que está no Bolsa-atleta é o mesa-tenista Hugo Hoyama, que terá 47 anos na Olimpíada do Rio-2016. Ainda há veteranos como os velocistas Sandro Viana e Lucimara Moura, que terão, respectivamente, 39 anos e 42 anos nos próximos Jogos.
"No Bolsa, levamos em conta apenas o passado. Esse reflete os resultados de 2011. É um direito adquirido. Para se manter, o atleta precisa continuar treinando e competindo. Não se vê o futuro", contou Leyser. "O futuro será analisado no bolsa pódio. São duas lógicas separadas. No bolsa pódio, terá uma análise do potencial do atleta para 2016."
Esse programa terá salários maiores, até R$ 15 mil, e seus integrantes serão anunciados em março. No total, o investimento nos dois incetivos é de R$ 180 milhões. O atleta pode acumular os dois pagamentos, excepcionalmente, neste ano, porque os critérios são diferentes. Para 2014, a análise será unificada.
O total de quase 5 mil atletas no Bolsa-atleta, uma expansão de 700 em relação ao ano anterior, é um reflexo de orçamento sem restrições para o programa e também de uma política mais agressiva do governo. "Antes, ficávamos esperando os atletas se inscreverem e apenas divulgávamos o programa. Agora, fomos atrás e ligamos para eles os incentivando a se inscrever", finalizou Leyser.

Atletas com grandes fontes de renda também recebem bolsa

  • Gaspar Nobrega/inovafoto Atletas como a saltadora Maurren Maggi, o tenista Thomaz Belucci e o nadador Thiago Pereira, que têm altos patrocínios ou bolsas, também são beneficiados pelo dinheiro público. Isso se tornou possível porque o governo aboliu o veto do programa a esportistas que têm outras fontes de renda. Agora, qualquer um pode receber esses fundos governamentais.

    •  Descoberta nas provas escolares, bolsista do atletismo chega aos Jogos Olímpicos  



      Das competições estudantis para os Jogos Olímpicos. Este foi o salto que a carreira da atleta Tamiris de Liz deu em 2012. Apenas dois anos após ter sido campeã das Olimpíadas Escolares 2010 na prova dos 200m, a velocista foi convocada para integrar como reserva a equipe brasileira que disputou a medalha no revezamento 4x100m nos Jogos Olímpicos de Londres. Hoje, aos 17 anos, Tamiris é uma das promessas para os Jogos Olímpicos do Rio 2016. Desde 2010, quando ainda estava no circuito de competições estudantis, a atleta recebe o benefício do programa Bolsa-Atleta do Ministério do Esporte.

      Apesar da pouca idade, a atleta já acumula títulos importantes: ficou com a medalha de bronze no Mundial Juvenil de Atletismo 2012, disputado em Barcelona, no qual era a atleta mais jovem na final dos 100 m rasos. Além disso, a bolsista é a atual segunda colocada no Ranking Mundial de Menores da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) na prova dos 100m rasos.

      Para a atleta, que recebe o auxílio financeiro do programa do Ministério do Esporte na categoria estudantil, o benefício ajuda a cobrir alguns gastos com materiais para treinos e com viagens em competição. “O Bolsa-Atleta me ajuda com a manutenção dos tênis que desgastam muito na pista que eu treino. Também contribui nas viagens que faço para participar de festivais e competições pelo país”, explicou Tamiris.

      Mesmo não tendo participado da prova em Londres, a velocista ressalta que ser convocada para os Jogos foi uma oportunidade para conhecer o clima olímpico e trocar experiências com outras atletas. “Contribuiu muito para minha carreira como atleta. Tive a oportunidade de treinar com atletas mais velhas, o que favoreceu muito a minha experiência de prova, principalmente a minha concentração e o aprendizado de como agir durante a disputa”, conta.

      Sobre ser vista como uma promessa do atletismo para 2016, Tamiris promete não decepcionar e afirma que seu foco será na preparação: “vou treinar forte até lá para alcançar meu objetivo”.

      Competições escolares

      Descoberta pela técnica Margit Weise nos Jogos Escolares de Santa Catarina em 2006, Tamiris recorda que se interessou pela modalidade assim que a conheceu e que as competições escolares foram fundamentais em sua formação como atleta de alto rendimento. “Conheci o atletismo aos 10 anos e desde então tive vontade de começar a correr. Minha primeira competição importante foram os Jogos Escolares aqui de Joinville, onde a minha técnica me viu e me chamou para treinar”, conta a atleta.

      Na etapa de 15 a 17 anos dos Jogos Escolares da Juventude (antigas Olimpíadas Escolares), realizada em novembro de 2012 em Cuiabá, a atleta marcou em grande estilo a sua despedida com onze medalhas conquistadas na história da competição: dez de ouro e uma de bronze. “As competições escolares foram onde eu comecei e onde fui descoberta. Então, foram muito importantes para a minha carreira”, completa Tamiris.

       Prefeituras podem se inscrever para receber Centros de Iniciação ao Esporte  

      A descoberta de novos talentos e o crescimento da base do esporte de alto rendimento estão entre os requisitos para transformar o Brasil numa potência esportiva a partir dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paraolímpicos de 2016 no Rio de Janeiro. Para que os Jogos Olímpicos assegurem o máximo legado ao esporte e à sociedade brasileira, o governo federal está proporcionando às prefeituras a oportunidade de construir os Centros de Iniciação ao Esporte (CIEs), instalações nas quais crianças e jovens poderão iniciar a prática de diversas modalidades esportivas. Os CIEs integram as ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e priorizam modalidades olímpicas e paraolímpicas integrantes do Plano Brasil Medalhas. As prefeituras interessadas podem se inscrever no portal do Ministério do Esporte (http://www.esporte.gov.br/cie).

      A seleção será feita por meio de carta-consulta que está disponível no sítio de inscrição. São elegíveis os municípios que compõem o Grupo 1 do PAC – integrantes das regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Campinas, Baixada Santista, Curitiba, Porto Alegre, Distrito Federal e Região Integrada do Entorno do Distrito Federal; também cidades com mais de 70 mil habitantes nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste; e aquelas com mais de 100 mil habitantes no Sul e Sudeste. Para receber os centros, o município deverá ter disponibilidade de terreno em localização, condições de acesso e características adequadas para a implantação da estrutura.

      Há três opções de módulo para o projeto do centro, e em todos eles as instalações serão erguidas com parâmetros oficiais. No primeiro, com área mínima de 2,5 mil m², as instalações previstas comportam as seguintes modalidades olímpicas: Badminton, Basquetebol, Boxe, Esgrima, Ginástica Rítmica, Handebol, Judô, Levantamento de Peso, Lutas, Taekwondô, Tênis de Mesa e Voleibol. As modalidades paraolímpicas são: Esgrima em cadeira de rodas, Goalball, Halterofilismo, Judô, Tênis de Mesa e Voleibol Sentado. E uma não olímpica, o Futebol de Salão. O custo estimado é de R$ 2,4 milhões. O segundo modelo, com área de 3,5 mil m², mantém as estruturas para as mesmas modalidades e acrescenta quadra poliesportiva externa. O custo deste módulo é de R$ 2,6 milhões. Já o terceiro modelo, em área de 7 mil m², mantém as instalações do primeiro e acrescenta estrutura para atletismo. Aqui, o custo é de R$ 3,2 milhões. A prefeitura deverá escolher o que melhor se enquadra nas características do município.

      O processo de seleção das propostas dará prioridade àquelas que contemplem regiões de vulnerabilidade social e com maior déficit de equipamento esportivo. A quantidade de propostas que cada município poderá apresentar é definida de acordo com a população de cada região: municípios com até 300 mil habitantes podem apresentar uma proposta; de 300 a 500 mil, duas; de 500 a 800 mil, três; de 800 mil a 2 milhões, quatro; e com mais de 2 milhões de habitantes, até cinco propostas.

      O PAC prevê a contratação de 300 instalações ainda neste ano, com investimento de R$ 800 milhões. O prazo para inscrição segue até o dia 5 de abril, e a divulgação das propostas pré-selecionadas está prevista para 17 de maio. O governo federal recomenda que os municípios façam as licitações pelo Regime Diferenciado de Contratações (RDC).





       Ministro Aldo Rebelo assina convênios de cooperação esportiva em Cuba  

      O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, viaja neste sábado (09.02) para Cuba, onde cumprirá agenda de trabalho. Na programação, o ministro vai assinar um programa de atividades para o triênio 2013-2016, tendo em vista os megaeventos esportivos que o Brasil sediará – a Copa do Mundo da FIFA 2014 e os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016. O acordo será assinado com o Instituto Nacional de Esportes, Educação Física e Recreação (Inder) de Cuba e prevê intercâmbio entre atletas e equipe técnica de modalidades, além da criação de um grupo de trabalho.

      IAAF defende "Célio de Barros" em carta ao Governo do Rio

      O presidente da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF), Lamine Diack, enviou carta ao governador do Estado do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, protestando contra a demolição do Estádio de Atletismo Célio de Barros, que daria lugar a um estacionamento nas obras do Estádio de futebol do Maracanã.

      Diack se lembra da importância histórica do "Célio de Barros", além dos prejuízos que atletas do Brasil e da América do Sul terão com a sua demolição, na preparação dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016. "Esta notícia - prossegue o dirigente senegalês - provocou uma grande decepção em todos nós". O presidente da IAAF ainda expõe ao governador do Estado do Rio "as consequências muito negativas que a destruição do Estádio Célio de Barros teria sobre a imagem de sua cidade aos olhos da comunidade do atletismo mundial".

      No mesmo sentido, enviaram carta ao governador do Estado do Rio de Janeiro os representantes das associações continentais de atletismo: Europa, África, Ásia, Oceania, América do Sul, América do Norte/Central/Caribe.

      O governador Sergio Cabral respondeu ao presidente da IAAF e das Associações Continentais, em e-mail assinado por seu chefe de gabinete, Regis Fichtner. Em sua resposta, o governador afirma que "há muito mal entendido a respeito do Estádio Célio de Barros".

      E prossegue: "Um novo Estádio Célio de Barros será construído em uma nova área que pertence ao Estado do Rio, em uma distância de cerca de 500 metros do local atual do Célio de Barros."

      O presidente da CBAt, que está na Europa em reuniões do Conselho da IAAF, explica que esteve com o presidente da IAAF, Lamine Diack, e com os presidentes das Associações Continentais. "Todos manifestaram preocupações com a informação de que o Estádio de Atletismo Célio de Barros será demolido, e enviaram cartas ao governador do Rio, que prontamente respondeu", explica Gesta.

      Em sua resposta, o governador se compromete junto às entidades internacionais a construir um estádio de atletismo "em uma nova área que pertence ao Estado do Rio, em uma distância de cerca de 500 metros do local atual do Célio de Barros". Gesta afirma que a carta mostra que o governador está empenhado em resolver a situação.

      "Estou combinando com o secretário-geral da IAAF, Essar Gabriel, para ir ao Brasil em março próximo, para em reunião com as autoridades do Governo do Rio, conhecer os planos para novo estádio, assim como os prazos para que as instalações estejam à disposição de atletas e treinadores", afirma Gesta.

      O presidente da CBAt também promoverá um encontro de Essar Gabriel com lideranças do atletismo do Rio, como os ex-atletas Nelsinho Rocha dos Santos, Robson Caetano e Arnaldo de Oliveira o major Rebelo, treinadores representativos, e formadores de atletas, como Paulo Servo Costa e Ormandino Barcelos.