Atletismo também fracassa, apesar do orçamento de R$ 26 milhões

Nunca foi tão oportuno, tão necessário, tão indispensável criar a CPI do Esporte Olímpico.

Rosângela Santos não se classificou para a final dos 100m. Mauro Vinícius da Silva ficou em sétimo, no salto em distância.
Kissya da Costa, do remo, foi flagrada no doping.
Já a campeã mundial, Fabiana Murer, reclamou que o vento estava forte para o salto com vara. E falhou…
No dia anterior o barulho na piscina atrapalhou Cesar Cielo. Descansar no luxuoso Crystal Palace não foi bom …
Potencial
Grande resultado de Mauro, o Duda, que chegou à sua primeira final olímpica. Campeão mundial indoor ele tem potencial para 2016. Sujeito simples, fala sério, é realista, não diz bobagens quando analisa seu desempenho.
Mas é muito pouco para o tamanho do Brasil, apesar de ainda faltarem as provas de maratona e revezamento.
Principalmente porque, para preparar a equipe olímpica, a Confederação Brasileira de Atletismo teve orçamento de R$ 26 milhões este ano, sendo R$ 24 milhões de dinheiro público. Só a Caixa, patrocinadora oficial, aplicou R$ 16 milhões na CBAt.

Tamanho menor

Dia após dia nosso potencial vai definhando e o tamanho olímpico do Brasil se aproxima da meta do presidente do COB, Carlos Nuzman: 15 medalhas. E olhe lá!!!
Carlos Nuzman foi quem, em Sidney 2000, pediu dinheiro para transformar o nosso esporte… E o dinheiro veio, ao$ monte$. Bilhõe$…
O mesmo Nuzman projeta o Brasil no top 10 nos Jogos Rio 2016. Mas avisa: além das medalhas que tradicionalmente ganhamos (vôlei, judô, vela, hipismo…) precisamos de resultados em seis novas modalidades.
Diante dos resultados de Londres está difícil cumprir tal projeção. Só neste sábado, a Grã Bretanha ganhou três medalhas de ouro no atletismo. Estamos preparados para, em quatro anos, termos tal desempenho? A  Rússia, atual 10ª colocada, já tem 28 conquistas, três de ouro.
Veja bem o tamanho da encrenca que o Senhor se meteu, presidente Nuzman…

Novos rumos

O governo federal, maior financiador do esporte de rendimento, precisa agir. E o Congresso Nacional também. Nunca foi tão oportuna, tão necessária a criação de uma CPI do Esporte Olímpico.
Precisamos abrir a caixa do dinheiro público do esporte e tornar todas as despesas transparentes.
Precisamos saber a destinação dos recursos oficiais. Chega de argumentar que a prestação de contas está no TCU. Nós, contribuintes dessa conta bilionária temos o direito de saber onde foram parar mais de R$ 2 bilhões.
Foi numa CPI que presidiu que o agora ministro Aldo Rebelo conheceu as mazelas da CBF, desvios de dinheiro, enriquecimentos ilícitos, evasão de divisas, sonegações fiscais, enfim.
E agora, ministro, não há interesse em também investigar os bastidores da gestão do esporte, turbinado por dinheiro oficial?
Que não seja por curiosidade, mas por dever de ofício, por obrigação de zelar pelo bem público.
O Senhor tem duplo compromisso, com a nação, por ser próprio de seu cargo de ministro e íntimo de seu mandato parlamentar.

Mauro Vinicius fica entre os melhores do mundo em Londres

Fonte: CBAt
Mauro Vinícius da Silva, o Duda, disputou a final do salto em distância dos Jogos Olímpicos. O atleta, campeão mundial indoor em Istambul-2012 e 10º colocado no Ranking Mundial da IAAF em 2011, mostra que continua entre os melhores do mundo.


Duda saltou 8,01 m (-0.1) e terminou na 7º colocação, marca feita na quarta tentativa. Na qualificação de sexta-feira, ele havia se classificado para a final com 8,11 m (-0.9).


"Esta pista é muito rápida e acabei queimando muitos saltos. Pensei até em mexer nas minhas marcas na pista, mas são as mesmas que uso desde o início na carreira e acho que correria mais riscos ainda", comentou o atleta de 25 anos, nascido Presidente Prudente (SP) e que treina em São José do Rio Preto (SP).


O britânico Greg Rutheford conquistou a medalha de ouro na prova, com 8,31 m (-0.4). A prata ficou com o australiano Mitchell Watt, com 8,16 m (-0.2), seguido do norte-americano Will Claye, com 8,12 m (-0.2).


Disputando sua segunda Olimpíada, já que também competiu em Pequim-2008, Mauro Vinicius acredita em outros bons resultados na carreira. "Treinei muito e uma medalha olímpica ainda é o meu sonho. Vou trabalhar muito mais quatro anos para chegar bem no Rio-2016", disse o atleta.


ROSÂNGELA SANTOS 
 Esforço não faltou para a atleta que buscava uma vaga na final dos 100 m nos Jogos Olímpicos de Londres. A atleta de 21 anos ficou em 3º lugar na 1ª série semifinal neste sábado 4, com 11.17 (0.0), recorde pessoal e melhor marca brasileira de 2012. Com o resultado, a velocista está a apenas 2 centésimos de segundo do recorde sul-americano da também brasileira Ana Cláudia Lemos (11.15).


Com o Estádio Olímpico de Londres novamente lotado, a torcida vibrou muito com as semifinais dos 100 m. Na série 1, duas consagradas atletas ficaram com as duas primeiras posições: a norte-americana Carmelita Jeter, com 10.83, e a jamaicana Veronica Campbell-Brown, com 10.89.


Para ir à final, Rosângela precisaria ficar com o melhor tempo entre as terceiras colocadas, mas acabou na 11ª posição na melhor campanha já feita por uma brasileira numa prova olímpica dos 100 m. "Mais uma vez não larguei bem e tive de fazer uma prova de recuperação. Fiz a melhor marca de minha vida e se não passei para a final porque não era para ser", comentou.


Campeã do Troféu Brasil/Caixa, do Ibero-Americano da Venezuela e do PAN de Guadalajara, Rosângela se concentrará agora no revezamento 4x100 m, 4º colocado em Pequim-2008. O objetivo agora é a medalha.


CAIO BONFIM 
 O brasileiro disputou neste sábado a prova dos 20 km marcha em um circuito de rua montado próximo a The Mall, em Londres, e terminou na 39ª colocação, com 1:24:45. O campeão da prova foi o chinês Ding Chen, com 1:18:46, novo recorde olímpico, seguido pelo guatemalteco Erick Barrondo, com 1:18:57. O bronze também foi para a China com Zhen Wang, com 1:19:25.

Rosângela fica fora da final olímpica dos 100 m

Fonte: CBAt

Esforço não faltou para Rosângela Santos que buscava uma vaga na final dos 100 m nos Jogos Olímpicos de Londres. A atleta de 21 anos ficou em 3º lugar na 1ª série semifinal neste sábado 4, com 11.17 (0.0), recorde pessoal e melhor marca brasileira de 2012. Com o resultado, a velocista está a apenas 2 centésimos de segundo do recorde sul-americano da também brasileira Ana Cláudia Lemos (11.15).

Com o Estádio Olímpico de Londres novamente lotado, a torcida vibrou muito com as semifinais dos 100 m. Na série 1, duas consagradas atletas ficaram com as duas primeiras posições: a norte-americana Carmelita Jeter, com 10.83, e a jamaicana Veronica Campbell-Brown, com 10.89.

Para ir à final, Rosângela precisaria ficar com o melhor tempo entre as terceiras colocadas, mas acabou na 11ª posição na melhor campanha já feita por uma brasileira numa prova olímpica dos 100 m. "Mais uma vez não larguei bem e tive de fazer uma prova de recuperação. Fiz a melhor marca de minha vida e se não passei para a final porque não era para ser", comentou.

Campeã do Troféu Brasil/Caixa, do Ibero-Americano da Venezuela e do PAN de Guadalajara, Rosângela se concentrará agora no revezamento 4x100 m, 4º colocado em Pequim-2008. O objetivo agora é a medalha.

Superintendente de Esportes do Comitê Olímpico Brasileiro Diz Que Atleta Não Pode Receber Dinheiro Diretamente.

O superintendente de esportes do Comitê Olímpico Brasileiro, o também ex-atleta Marcus Vinícius Freire, disse que atleta não pode receber dinheiro vivo, “porque senão reforma a casa, muda de carro, compra televisão de plasma e não foca no treinamento. Por isso passa pelo COB”.

Natação recebeu R$ 45,5 milhões em três anos e fez água… Já o judô!


Os Correios investiram R$ 45,5 milhões na Confederação de Desportos Aquáticos, nos últimos três anos. Trouxe duas medalhas: prata e bronze e a queda do campeão olímpico dos 50m.
Já a Infraero destinou R$ 7 milhões ao judô, no mesmo período. Numa delegação de 14 atletas quatro foram ao pódio, com uma medalha dourada. 

Está claro que a natação fez água… Isso sem falar no vexame de não termos uma delegação feminina altamente competitiva, o que revela a falta de massificação da modalidade.
Já no masculino, ficamos na dependência de pouquíssimos nomes consagrados, com raríssimas novidades.

E um deles se “cansa”, como ocorreu com Cielo …
Mas somos um país olímpico…

E o tênis, o que foi fazer em Londres? Por favor, não culpem os atletas. A história é outra.
Mas a Confederação de Tênis teve  investimentos de R$ 17 milhões dos Correios. E qual o trabalho de base dessa modalidade no Brasil?
E o presidente, Jorge Rosa, está aí, pronto para assumir seu terceiro mandato …
O resultado olímpico renova, também, a cada quatro anos, o perfil de nossos gestores esportivos e suas “eficientes” administrações…

O Ministério do Esporte tem a obrigação de exigir balanço transparente dos senhores cartolas. E, se possível, tentar dar rumos ao país que se diz “olímpico”.
Conseguirá, com a Copa aí, batendo à porta?

Fabiana Murer não obtém qualificação para a final do Salto com Vara

Um dos principais nomes do esporte nacional, Fabiana Murer viveu, um dos momentos mais difíceis de sua vida atlética. Ela disputou a qualificação do salto com vara no Estádio Olímpico de Londres e não obteve a classificação para a prova final.

Fabiana começou a saltar na marca de 4,50 m, errou a primeira tentativa e passou na segunda, mas com alguma dificuldade. Na marca seguinte - 4,55 m - ela errou os dois primeiros saltos e estourou o tempo da terceira tentativa.


Único nome do Brasil a ganhar a medalha de ouro no Campeonato Mundial de Atletismo (Daegu 2011), Fabiana também foi campeão mundial indoor (Doha 2010). Era uma das esperanças brasileiras de medalha e tinha uma das cinco melhores marcas mundiais da temporada, com 4,77 m (seu recorde pessoal é 4,85 m).


No final da prova em Londres, Fabiana ficou na 14ª colocação na classificação geral, somando as atletas dos grupos A e B. Nenhuma das concorrentes fez a marca de corte inicialmente estabelecida pela IAAF (4,60 m). Sete atletas do grupo A e cinco do grupo B passaram com 4,55. As melhores performances foram da bicampeã olímpica e recordista mundial, Elena Isinbayeva (Rússia), da campeã pan-americana, Yarisley Silva (Cuba), e da norte-americana Jennifer Suhr. As duas primeiras passaram 4,50 m e 4,55 m na primeira tentativa. Jennifer saltou direto 4,55 m e passou.


Além da Fabiana, outros nomes importantes não conseguiram a qualificação para a final, caso da russa Svetlana Feofonova, vice-campeã mundial em Daegu e antiga recordista mundial da prova.


"Sofri muito com a inconstância do vento e com a escolha da vara certa para a prova. Na última tentativa, o vento estava forte e desisti na primeira corrida. Voltei e resolvi abortar o salto porque havia risco de me machucar", comentou Fabiana, para as emissoras de TV e para o serviço de imprensa da organização dos Jogos de Londres.


"Fiz a melhor preparação possível e acreditava num bom resultado. Tentei fazer o melhor, mas coisas assim acontecem no esporte. Não sou a primeira a sofrer com isso e não serei a última", disse a brasileira, que era considerada uma das favoritas ao pódio, e que há quatro anos sofreu um drama nos Jogos de Pequim, quando uma de suas varas desapareceu.


Fabiana fez campings de treinamento em Fórmia, na Itália, com seu treinador Elson Miranda e o consultor da CBAt para o salto com vara, o ucraniano Vitaly Petrov, que foi técnico dos campeões Sergey Bubka e Elena Isinbayeva.


Depois atendeu os repórteres na saída da pista, com calma, e em seguida encontrou o médico Cristiano Laurino e o fisioterapeuta Rodrigo Iglesias, da equipe de Atletismo. Aí, a campeã não segurou a emoção e chorou.


Uma das provas mais difíceis do programa olímpico, o salto com vara viu episódios semelhantes em edições anteriores: em Barcelona 1992, ninguém menos que Sergey Bubka, ouro olímpico quatro anos antes, dono de 35 recordes mundiais na vara, errou as três primeiras tentativas na prova final e foi eliminado da competição.


100 m
Na preliminar dos 100 m masculino, Nilson André terminou em 5º lugar na 2ª série das preliminares, com 10.26, seu melhor tempo da temporada, insuficiente, porém, para passar à próxima fase. O vencedor de sua série foi o norte-americano Justin Gatlin, com 9.97. O melhor tempo geral foi do também norte-americano Ryan Bailey, com 9.88.

Duda disputa a final do salto em distância e Rosângela faz a semifinal dos 100 m

Mauro Vinicius da Silva, o Duda, e Rosângela Santos foram os destaques do Brasil no primeiro dia de disputa do torneio de Atletismo da Olimpíada de Londres. Duda classificou-se para a final do salto em distância, enquanto Rosângela disputa a semifinal dos 100 m - ambas neste sábado.

Campeão mundial indoor do salto em distância em Istambul-2012, ele disputa a final a partir das 15:55 de Brasília. Ele foi o melhor atleta do Grupo B da qualificação, com um salto de 8,11 m (-0.9), em sua segunda tentativa, alcançando a marca exigida para classificação. Com isso, não precisou fazer o último salto - fez 8,07 m (-0.1) no primeiro.

O melhor resultado do Grupo A foi obtido pelo norte-americano Marquise Goodwin, também com 8,11 m (-1.0), na primeira tentativa, também abrindo mão das outras duas.

"Estou muito feliz por estar em Londres e, principalmente, por ter conseguido chegar à final olímpica. Esta é uma competição tensa, nervosa, e um exemplo disso é que o Irving Saladino, campeão em Pequim, queimou os três saltos e está fora da final", disse, referindo-se ao grande atleta panamenho.

Duda, que não demonstrou o nervosismo comentado, está consciente de que terá de melhorar seu desempenho para brigar por uma medalha. "Amanhã vai ser o dia mais importante da minha vida e eu vou ter de saltar melhor. Meu sonho era uma vaga na final. Agora que cheguei o objetivo agora é um lugar no pódio", disse o atleta de 25 anos, nascido em Presidente Prudente e que treina em São José do Rio Preto.

Com 8,11 m, Duda melhora a liderança no Ranking Brasileiro de 2012, já que a melhor marca anterior era de 8,10 m, obtido em fevereiro, em São Paulo. Ele foi o melhor brasileiro na prova também em 2011, com 8,27 m, terminando em 10º lugar no Ranking da IAAF. No Mundial de Istambul, em pista coberta, em março, o atleta treinado por Aristides Junqueira, saltou 8,23 m na para ficar com o ouro (na qualificação fez 2,28 m) e passou a figurar, definitivamente, como um candidato ao pódio de Londres.

ROSÂNGELA SANTOS - Ela transformou-se nesta sexta-feira na primeira brasileira a classificar-se para as semifinais de uma olimpíada nos 100 m. A atleta terminou em 2º lugar na 5ª série eliminatória, com o tempo de 11.07, que seria novo recorde brasileiro e sul-americano, caso o vento não estivesse em 2.2, acima do máximo permitido pelas regras da IAAF de 2.0.

A vencedora da série, disputada no Estádio Olímpico de Londres, foi a norte-americana Allyson Felix, com 11.01. Ruddy Zang Milama, do Gabão, ficou na 3ª colocação, com 11.14. As três passaram às semifinais, que serão disputadas a partir das 15:35 deste sábado no horário de Brasília.

Campeã brasileira, ibero-americana e pan-americana dos 100 m, Rosângela tem certeza de que pode melhorar de desempenho na semifinais. "Poderia ter saído melhor do bloco, mas mantive a calma e consegui me recuperar e chegar em 2º lugar. Se melhorar a primeira metade da prova, com certeza vou conseguir um resultado melhor, independentemente do vento", comentou a velocista nascida nos Estados Unidos, mas criada desde pequena no Rio de Janeiro, que tem 11.21 como recorde pessoal.

Rosângela disse que ficou impressionada com o barulho no estádio. "É maravilhoso correr num estádio superlotado. Espero que continue assim até o fim da Olimpíada", disse a atleta, que vai correr ainda o revezamento 4x100 m.

Para o técnico Paulo Servo da Costa, que orienta Rosângela, a velocista terá de correr na casa dos 11.00 para ficar entre as oito finalistas

Nada menos do que seis corredoras completaram as preliminares dos 100 m em menos de 11.00. O melhor tempo do dia foi obtido pela norte-americana Carmelita Jeter, com 10.83 (1.5).

ANDRESSA MORAIS - A paraibana não conseguiu passar para a final do lançamento do disco. A atleta "queimou" as duas primeiras tentativas e, pressionada, conseguiu a marca de 60,94 m na útima. Ficou em 9º lugar no Grupo B de qualificação e em 16º no geral. A cubana Yarelis Barrios passou para a final com a melhor marca do dia, com 65,94 m.

Rosângela passa à semifinal dos 100 m

Fonte: CBAt
Rosângela Santos transformou-se na primeira brasileira a classificar-se para as semifinais de uma olimpíada nos 100 m. A atleta terminou em 2º lugar na 5ª série eliminatória, com o tempo de 11.07, que seria novo recorde brasileiro e sul-americano, caso o vento não estivesse em 2.2, acima do máximo permitido pelas regras da IAAF de 2.0.

A vencedora da série, disputada no Estádio Olímpico de Londres, foi a norte-americana Allyson Felix, com 11.01. Ruddy Zang Milama, do Gabão, ficou na 3ª colocação, com 11.14. As três passaram às semifinais, que serão disputadas a partir das 15:35 deste sábado no horário de Brasília.

Campeã brasileira, ibero-americana e pan-americana dos 100 m, Rosângela tem certeza de que pode melhorar de desempenho na semifinais. "Poderia ter saído melhor do bloco, mas mantive a calma e consegui me recuperar e chegar em 2º lugar. Se melhorar a primeira metade da prova, com certeza vou conseguir um resultado melhor, independentemente do vento", comentou a velocista nascida nos Estados Unidos, mas criada desde pequena no Rio de Janeiro, que tem 11.21 como recorde pessoal.

Rosângela disse que ficou impressionada com o barulho no estádio. "É maravilhoso correr num estádio superlotado. Espero que continue assim até o fim da Olimpíada", disse a atleta, que vai correr ainda o revezamento 4x100 m.

Para o técnico Paulo Servo da Costa, que orienta Rosângela, a velocista terá de correr na casa dos 11.00 para ficar entre as oito finalistas

Nada menos do que seis corredoras completaram as preliminares dos 100 m em menos de 11.00. O melhor tempo do dia foi obtido pela norte-americana Carmelita Jeter, com 10.83 (1.5).

Já a paraibana Andressa Oliveira de Morais não conseguiu passar para a final do lançamento do disco. A atleta "queimou" as duas primeiras tentativas e, pressionada, conseguiu a marca de 60,94 m na útima. Ficou em 9º lugar no Grupo B de qualificação e em 16º no geral. A cubana Yarelis Barrios passou para a final com a melhor marca do dia, com 65,94 m.

Torneio olímpico do Atletismo começa com 6 brasileiros

Vários esportes já estão sendo disputados em Londres, pela Olimpíada de 2012. Mas a principal competição do calendário dos Jogos: o torneio de Atletismo. Mais importante esporte olímpico, a competição tem, naturalmente, o principal palco do megaevento mais importante do planeta: o Estádio Olímpico de Londres.

Londres é sede olímpica pela terceira vez, já que organizou também os Jogos de 1908 e 1948. O Atletismo já começa quebrando um recorde: com 2.236 atletas inscritos - 1.163 homens e 1.073 mulheres - de 200 países, além de ser o esporte mais representativos dos Jogos, também superou seus números anteriores. O recorde pertencia a Sydney 2000, com 2.173 atletas de 193 países.

Nos Jogos da Antiguidade, realizados em Olímpia, na Grécia, o mais antigo registrado foi os de 776 a.C., e o campeão (havia uma única prova) foi Koroebus. Ele ganhou uma corrida de cerca de 200 m, que os gregos chamavam de stadium. Nos Jogos Modernos, iniciados em Atenas, no mesmo país, em 1896, com a disputa de várias modalidades, o primeiro campeão foi, por coincidência, um nome do Atletismo: o norte-americano James Connolly, que no dia 6 de abril daquele ano, foi campeão do salto triplo.

Brasileiros estreiam em Londres 1012
Na abertura do torneio desta edição olímpica, no dia 3, 11 provas serão disputadas. E seis atletas do Brasil, dos 36 que compõem a equipe, já estreiam neste primeiro dia:

KEILA COSTA, finalista no Mundial de Atletismo de Daegu 2011, será o primeiro nome da equipe brasileira a entrar no Estádio Olímpico. Ela disputará a prova de qualificação do salto triplo, a partir das 06:25, hora de Brasília (10:25, em Londres).

GEISA COUTINHO, medalha bronze no PAN de Guadalajara 2011, e JOELMA NEVES, pódio no 4x400 m no mesmo evento, entrarão na pista às 08 horas, de Brasília, para a fase preliminar dos 400 m.

ROSÂNGELA SANTOS, campeã dos 100 m e do 4x100 m no PAN 2011, disputará a primeira fase dos 100 m, a partir das 15:05, de Brasília.

ANDRESSA DE MORAIS, recordista sul-americana do lançamento do disco com 64,21 m, disputará a qualificação da prova, a partir das 15:10, de Brasília.

MAURO VINÍCIUS DA SILVA, o Duda, campeão mundial indoor do salto em distância em Istambul este ano, disputará a qualificação da prova, que terá início às 15:50, de Brasília.

O Presidente da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), Roberto Gesta de Melo, lembra que a entidade, graças ao patrocínio da CAIXA, atendeu a todas a solicitações dos treinadores pessoais dos atletas. "Sabemos que todos darão o máximo para obter um bom resultado para o Brasil", afirma Gesta.

Brasileiros já ganharam 14 medalhas olímpicas
Os Jogos Modernos começaram em 1896, mas a primeira participação do Brasil aconteceu nos Jogos de Antuérpia, na Bélgica, em 1920. Os primeiros nomes do Atletismo do País foram a sua primeira Olimpíada em Paris, em 1924. Os primeiros finalistas foram Lúcio de Castro (6º no salto com vara) e Clovis Rapozo (8º no salto em distância), ambos em Los Angeles, nos Estados Unidos, em 1932.

O Brasil já conquistou 14 medalhas nos Jogos. As primeiras foram conquistadas em Helsinque, na Finlândia, em 1952: José Telles da Conceição (bronze no salto em altura) e Adhemar Ferreira da Silva (ouro no triplo). Adhemar seria bicampeão quatro anos depois, em Melbourne, na Austrália, em 1956. Foi o triplo, com outros dois atletas, que deram mais quatro medalhas para o Brasil: Nelson Prudêncio (prata no México em 1968 e bronze em Munique em 1972) e João Carlos de Oliveira (bronze em Montreal 1976 e Moscou 1980).

Joaquim Cruz ganhou ouro nos 800 m em Los Angeles 1984. Quatro anos mais tarde, em Seul, ganhou prata na mesma prova. Quem também subiu ao pódio em Seul foi Robson Caetano (bronze nos 200 m). Em 1996, em Atlanta, o revezamento 4x100 m masculino subiu ao pódio, com o bronze com Robson Caetano, Arnaldo de Oliveira, André Domingos e Edson Luciano. Em Sydney, o quarteto ganhou prata com Claudinei Quirino, André Domingos, Edson Luciano e Vicente Lenilson.

Nas duas primeiras edições olímpicas do século 21, grandes resultados de atletas brasileiros. Em 2004, em Atenas, Vanderlei Cordeiro de Lima liderava a maratona quando foi agredido por um manifestante. Mesmo assim, voltou à prova e ainda ganhou bronze. Por seu espírito olímpico, recebeu do Comitê Olímpico Internacional a Medalha Pierre de Coubertin. Já em 2008, Maurren Maggi tornou-se a primeira mulher brasileira a ganhar ouro em prova individual. Até então, o melhor resultado feminino do Brasil era o 4º lugar no salto em altura de Aída dos Santos, em Tóquio em 1964.

Números históricos do Atletismo
A IAAF (Federação Internacional de Atletismo) dá os números gerais do esporte em 27 edições olímpicas: 19.139 atletas, que representaram 216 nações. Foram disputadas, no total, 901 provas finais, de 1896 a 2008.

Vai começar a correria, no bom sentido. A modalidade que sintetiza a origem dos Jogos, o atletismo, abre a pista nesta sexta-feira, nos em Londres.
O Brasil tem 14 medalhas na competição, sendo quatro de ouro, três de prata e sete de bronze.
Afinal, o atletismo pode fazer uma boa campanha em Londres?
Individualmente, acredito que apenas Fabiana Murer, no salto com vara, poderá conquistar medalha, a partir de uma análise que fiz dos resultados de nossos atletas na última temporada. Revezamentos e maratonas comentarei no momento das provas.
Maurrem Maggi está com 36 anos, sem a mesma forma de 2008. Há quatro anos, saltou cinco ou seis vezes acima de 6,80 na mesma competição. Não repetiu mais a performance. Para chegar à final terá que saltar acima de 6,75. Este é o seu desafio.
A equipe masculina não deverá conquistar pódio nas provas individuais. Creio que alguns atletas escalados para o revezamento 4x100m possam participar dos 100m, mas as possibilidades de sucesso serão mínimas, quanto muito chegar ás quartas de final.
No geral, falta regularidade aos nossos atletas. Eles fazem resultados excepcionais em um determinado dia e dificilmente voltam a materializar essas marcas.

Seis brasileiros disputam o atletismo logo no primeiro dia:

Keila Costa, qualificação do salto triplo
Fez 12,97m no Mundial Juvenil de 2000 e ficou em 11º lugar. Este ano fez 14,31m em maio. É a 22º marca do ranking mundial, liderado pela ucraniana Olha Saladuha, com 14,99m. Chegará à final, mas com salto acima de 14m na classificação. No Mundial adulto de 2011 ficou em 12º lugar.
Rosângela Santos – primeira fase dos 100 m
Com 11s21 é o 27º tempo do ranking mundial. Shelly Pryce, da Jamaica lidera, com 10s70. Rosângela já esteve em dois Mundiais juvenis. Ficou em quarto, em 2008 (11s71) e não foi à final em 2010. Poderá chegar à semifinal, mas para isso precisará correr abaixo de 11s10.
Andressa de Moraislançamento do disco
Não foi à final no Mundial juvenil de 2008, quando marcou 47,44 na qualificação. É a 12º do ranking (62,21m), registrado em junho.
Geisa Coutinho e Joelma – preliminar dos 400m.
As 15 primeiras do ranking correm na faixa dos 49s. Geisa tem 51s46 e Joelma 51,54. Parada dura para a dupla brasileira avançar.
Mauro Vinícius da Silva – qualificação do salto em distância
Sagrou-se campeão mundial indoor este ano, mas com 8,10m está em 27º lugar do ranking mundial. No Troféu Brasil, saltou 7,97m. Aos 26 anos, repete seu salto quando tinha 20 anos. O líder da prova é o inglês Greg Rutherford, com 8,35m.