CBAt lança o livro sobre os Jogos Olímpicos Latino-Americanos de 1922 no Rio de Janeiro
A Confederação Brasileira de Atletismo, com patrocínio da CAIXA, promoveu o lançamento do livro "Jogos Olímpicos Latino-Americanos - Rio de Janeiro 1922", na noite desta segunda-feira 24, no Renaissance Hotel, na capital paulista. Esteve presente o autor da obra, o historiador argentino César Torres, radicado há 16 anos nos Estados Unidos, onde é professor da Universidade do Estado de Nova York. Autoridade na história do esporte na América Latina, César Torres autografou a obra publicada em português, espanhol e inglês, com tradução de Martim S. Silveira.
O presidente da Confederação, Roberto Gesta de Melo, lembrou que a obra resgata a história dos atletas que disputaram o torneio de Atletismo dos Jogos Olímpicos Latino-Americanos, disputados no Rio de Janeiro, como parte das comemorações do Centenário da Independência do Brasil. "Os resultados foram anulados, mas no último sábado, em Congresso da Confederação Sul-Americana, por unanimidade, os feitos daqueles atletas foram considerados válidos", disse o dirigente.
"Claro que houve um ou outro problema, mas era o início da organização de competições internacionais em nossa região. E os organizadores não contavam com nenhum tipo de apoio. Aliás, não faz muito tempo, as coisas ainda eram difíceis, mas isto mudou muito na última década, tanto o presidente Lula como a presidenta Dilma apoiam o esporte", afirmou Gesta.
Entre os atletas que disputaram o evento de 1922, estava o chileno Manuel Plaza, ganhador de cinco medalhas de ouro, e que em 1928 conquistaria a prata na maratona olímpica em Amsterdã. Do Brasil, o grande destaque foi Willy Seewald, campeão do lançamento do dardo e que, em 1924, faria parte da primeira equipe olímpica do Atletismo nacional, em Paris. Acompanhou os Jogos o conde de Baillet-Latour, representante do COI e que depois seria presidente da instituição.
César Torres agradeceu a possibilidade de realizar o trabalho, resultado de anos de pesquisa. "A CBAt me proporcionou as condições para que tivesse total liberdade de trabalho, estou feliz com a publicação e agradecido por estar no Brasil", afirmou.
Também presente, o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Fontes Hereda, disse que, a cada conversa com o presidente da CBAt, fica mais apaixonado pelo Atletismo. "É difícil não acontecer isso quando se conversa com o Roberto", brincou. Jorge Hereda citou a campeã olímpica em Pequim, Maurren Maggi, que estava presente. "Ficamos felizes quando a Maurren ganhou em Pequim, mas ela mostrou elegância também quando não venceu em Londres", afirmou o presidente da Caixa, patrocinadora oficial do Atletismo brasileiro. "Estamos muito contentes com o retorno que o Atletismo nos dá", explicou.
Jorge Hereda disse que, "na solenidade em que a presidenta Dilma Rousseff lançou o plano para os Jogos do Rio em 2016 (no último dia 13), ela falou da realização de torneios (de Atletismo), e eu disse ao nosso gerente nacional de marketing (Gerson Bordignon, presente no evento): Não vamos perder o Atletismo e nem estes torneios. Tanto que prevemos inicialmente investir R$ 300 milhões no esporte no próximo ciclo olímpico, vamos ver se podemos aumentar", concluiu (a Caixa também patrocina o Comitê Paraolímpico Brasileiro, a ginástica, as lutas associadas e outras modalidades esportivas).
Estiveram presentes, ainda, entre outras autoridades, o presidente eleito da CBAt, Toninho Fernandes, o vice-presidente eleito, Warlindo da Silva Filho, representantes do Governo do Estado e da Prefeitura paulistana, dirigentes esportivos do Brasil e de países sul-americanos, treinadores, jornalistas e convidados.
O livro "Jogos Olímpicos Latino-Americanos - Rio de Janeiro 1922" é o segundo publicado pela CBAt com patrocínio da CAIXA. O primeiro foi "Mulheres no Pódio - A empolgante história das atletas brasileiras", que conta a saga de Aída dos Santos, quarta colocada no salto em altura nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 1964, e das atletas que deram ao País grandes conquistas internacionais.