Campeã do arremesso de peso é flagrada no exame anti-doping e perde medalha de ouro

Nadzeya Ostapchuk, de Belarus, arremessa peso em final olímpica da modalidade
Nadzeya Ostapchuk, de Belarus, arremessa peso em final olímpica da modalidade

O Comitê Olímpico Internacional anunciou a desclas
sificação, e consequente perda da medalha, da campeã olímpica do Arremesso de Peso Feminino Nadzeya Ostapchuk, de Belarus. Os dois exames anti-doping que a atleta realizou em Londres constataram a presença do agente anabolizante metenolone.

Em Londres, Ostapchuk ganhou sua primeira medalha de ouro ao conseguir 21,36m. No currículo, a atleta possui também um bronze em Pequim-2008 e um vice-campeonato mundial em 2011.

Com a desclassificação da bielorrussa, a medalha de ouro será herdada por Valerie Adams (campeã em Pequim-2008), da Nova Zelândia. A russa Evgeniia Kolodko, que foi bronze ficará com a prata e a chinesa Lijia Gong com o bronze. A brasileira Geisa Arcanjo participou da final e com o doping de Ostapchuk termina a competição na sétima colocação.

Brasil tem participação histórica na Maratona Olímpica

Fonte: CBAt
O Brasil teve uma participação histórica na maratona masculina, que fechou o torneio de Atletismo na Olimpíada de Londres. Os três corredores brasileiros ficaram entre os 13 primeiros colocados na prova de 42,195 km, que teve 105 participantes, dos quais 85 conseguiram completar o percurso.

Marilson Gomes dos Santos terminou em 5º (2:11:10), Paulo Roberto de Almeida Paula ficou em 8º (2:12:17) e Franck Caldeira em 13º (2:13:35), numa prova difícil, que teve largada e chegada no The Mall, com a temperatura variando entre 18 e 25 graus centígrados.

As medalhas foram, pela ordem, para o ugandense Stephen Kiprotich e para os quenianos Abel Kirui, bicampeão mundial, e Wilson Kipsang, que era apontado como favorito por ter a segunda melhor marca de todos os tempos na prova, com 2:03.42.

Marilson, bicampeão da Maratona de Nova York, esteve sempre entre os primeiros colocados. Ele só perdeu a 4ª colocação para o norte-americano de origem eritreia Mebrahtom Keflezighi - vice-campeão olímpico em Atenas 2004 - quando faltavam 500 metros para terminar a prova. "Queria muito uma medalha e até o fim tive a esperança de chegar pelo menos em 3º. Fiz tudo o que pude. A última volta no circuito foi a mais difícil de minha vida. Sofri muito com dores musculares", comentou o corredor, o primeiro não-africano na prova, já que o representante dos Estados Unidos nasceu na Eritreia.

Extremamente competitivo, o brasiliense Marilson dos Santos, de 35 anos, analisou o 5º lugar conquistado. "A maratona da Olimpíada teve a cara das maratonas normais, com o domínio africano. Tenho certeza de que fiz a melhor preparação possível e, mesmo tendo completado bem a prova, na raça, queria muito uma medalha."

Já o paulista Paulo Roberto chorou muito depois de cruzar a linha de chegada. "O objetivo era melhorar meu tempo, mas as condições climáticas não ajudaram. O 8º lugar é um sonho, é uma recompensa por todo o esforço feito nos últimos meses. Fiz muito esforço para estar aqui, agradeço ao povo brasileiro, minha família, principalmente minha esposa", concluiu.

Franck Caldeira, que chegou a liderar a prova na altura do km 10, afirmou que estava se "sentindo bem. Tentei abrir vantagem na liderança, mas não deu. Estou contente por ter terminado a prova em 13º lugar entre tantos concorrentes de alto nível. Em Pequim (em 20-08), não consegui completar o percurso, o que foi uma frustração muito grande", disse o mineiro de 29 anos, medalha de ouro na maratona do PAN do Rio de Janeiro 2007.

Stephen Kiprotich, ugandense de 23 anos, nascido na cidade de Kapchorwa, tem como melhor tempo em maratona 2:07:20. Ele esteve sempre no pelotão de frente, mas chegou a ficar em 3º lugar, quando Kipsang resolveu forçar o ritmo. No final, Kiprotich assumiu a liderança, abrindo 26 segundos de vantagem sobre Kirui, o vice-campeão. Kipsang, visivelmente cansado, teve de administrar a vantagem conquistada durante a prova para garantir o bronze.

O percurso, dividido em quatro voltas - a primeira num circuito mais curto e as outras três num mais longo, passou por locais como The Mall, St. James Park, Victoria Embanment, Bridge Street, Birdcage Walk, Palácio de Buckingham, Trafalgar Square, Monumento à Rainha Victoria, Banco da Inglaterra e trechos pela margem do Rio Tâmisa.

Participação do Brasil nos Jogos Olímpicos - Londres 2012

Os atletas brasileiros de Atletismo tiveram a melhor preparação possível para os Jogos Olímpicos de Londres, conforme o planejamento apresentado por seus treinadores, com o apoio do COB, da CBAt e de seus Clubes.

Alguns resultados não foram absolutamente os esperados pela comunidade atlética nacional, apesar dos empenho dos desportistas, alguns deles com títulos e medalhas em Jogos Olímpicos e Campeonatos Mundiais. Eles já obtiveram marcantes conquistas internacionais e merecem o devido apreço.

Nesta oportunidade, agradecemos o empenho de todos os componentes da delegação, que se dedicaram por longo período para procurar fazer o melhor para representar bem o país.

Novos desafios serão enfrentados pelo Atletismo do Brasil, sob novo comando, no próximo quadriênio, o maior dos quais a participação nos Jogos Olímpicos RIO 2016. A mesma disposição em procurar dar as melhores condições aos atletas e treinadores, com a ampliação dos projetos já utados e o acréscimo de outros.

Dentro de alguns meses, a CBAt irá reunir, no " Fórum Atletismo do Brasil ", seus principais atletas e treinadores, Presidentes de Federações Estaduais e de seus mais destacados Clubes, medalhistas olímpicos e dirigentes das Associações de Treinadores e Árbitros para, mais uma vez, democraticamente, com os legítimos representantes da comunidade atlética nacional decidir os rumos do desporto para os próximos anos.

Roberto Gesta de Melo
Presidente da CBAt

José Antônio Martins Fernandes
Presidente eleito da CBAt

 

E agora, Gesta de Melo.......

Ao final dos Jogos Olímpicos de Pequim, após outra fracassada campanha do esporte presidido por Gesta de Melo, acuado por uma chuva de críticas, ele disse: “Além do Brasil, apenas outros cinco países tiraram medalha de ouro”. Não deu para entender a lógica de Gesta de Melo, nem o que ele quis dizer com aquilo. Será que ele estava querendo dizer que o Brasil era a quinta maior potência mundial no atletismo?
Quatro anos passaram-se e a Confederação Brasileira de Atletismo, presidida por gesta de Melo há quase trinta, recebeu neste ciclo olímpico R$ 26 milhões, sendo que R$ 24 Milhões foram de dinheiro público. E os resultados vistos em Londres são ainda piores do que os da Olimpíada anterior. O que Gesta de Melo dirá, desta vez?
Gesta de Melo deve ser severamente cobrado, a começar pelos órgãos governamentais que financiam sua Confederação. Em qualquer lugar sério do mundo, todo aquele que recebe dinheiro, público e privado e que não entrega resultado perde o seu cargo, por incompetência.
Dinheiro não faltou a Gesta de Melo. Faltou-lhe sim, capacidade de administrar bem os recursos que recebeu. E isso ele não fez. Ao longo de trinta anos, Gesta de Melo poderia ter criado um trabalho de base, de longo prazo, que teria dado ao Brasil uma geração consistente no atletismo. Mas o que vemos é o atletismo do Brasil
ainda dependendo de valores esporádicos, talentos ocasionais que, se não estiverem em um bom dia, deixa o país muito longe do pódium.
E que não se diga que houve melhora de resultados intermediários, com mais gente chegando às finais. Não houve evolução olímpica. Não fossem alguns Clubes que efetivamente dão boas condições aos atletas e técnicos para trabalhar, o atletismo de Gesta de Melo estaria ainda mais degradado. Dentre esses Clubes incluo a BM&F que há
muitos anos vem sendo o esteio do atletismo brasileiro.
Depois de trinta anos de uma política antiquada, paternalista, ao final deste ano Gesta de Melo deixará a Confederação. Acho que o balanço de seus sucessivos mandatos entrará para história como um fato negativo. Com tanto dinheiro, nesses anos todos, Gesta de Melo fez tão pouco, quase nada. E que ao sair, Gesta de Melo não deixe de ser cobrado pelo dinheiro que recebeu e pelo pouco que produziu.
Acredito que o novo presidente da Confederação, Antonio Carlos Martins Fernandes, terá as melhores condições de dar a reviravolta que o atletismo brasileiro requer. Temos excelentes técnicos na modalidade.

Em prova fortíssima, Brasil termina em 7º lugar no revezamento feminino 4x100 m

Depois de uma boa apresentação na fase de qualificação, a seleção brasileira feminina de 4x100 m terminou em 7º lugar na grande final dos Jogos de 2012, no Estádio Olímpico de Londres. Os Estados Unidos bateram o recorde mundial da especialidade, que pertencia a extinta Alemanha Oriental havia quase 27 anos.

Ana Cláudia Lemos, Franciela Krasucki, Evelyn Carolina dos Santos e Rosângela Santos completaram a prova em 42.91, o mesmo quarteto havia quebrado o recorde sul-americano durante a preliminar da prova, com 42.55.

A prova teve, na verdade, um índice altíssimo, começando com o recorde mundial dos Estados Unidos, com 40.82. A melhor marca anterior era da ex-Alemanha Oriental, com 41.37, desde o dia 6 de outubro de 1985. A Jamaica, medalha de prata, quebrou o recorde nacional, com 41.41, assim como a Ucrânia, bronze, melhorou o recorde do país, com 42.04.

As brasileiras lamentaram não ter rendido tão bem como na semifinal. "Infelizmente a situação não foi a que gostaríamos. Mas cada uma das atletas deu o máximo para brigar por uma medalha", disse Evelyn.

"Particularmente estou feliz por ter disputado a Olimpíada e por ter a certeza de que corri o máximo que pude. Temos de reconhecer a força dos adversários e treinar para buscar essa medalha em 2016, no Rio de Janeiro", afirmou Franciela.

No revezamento 4x100 m masculino, a equipe brasileira formada por Aldemir Gomes da Silva Júnior, Sandro Viana, Nílson André e Bruno Lins ficou em quarto lugar na Série 1 de qualificação, com o tempo de 38.35 - a melhor marca de 2012. E, mesmo com a desqualificação da Grã-Bretanha - um atleta ultrapassou a área de passagem de bastão -, o Brasil não se classificou para a final deste sábado 11.

As equipes da Jamaica (37.39), do Canadá (38.05) e da Holanda (38.29) ficaram nas três primeiras posições na série do Brasil. Na outra série, os Estados Unidos venceram a prova com 37.38, o melhor tempo entre todos os participantes.

"Treinamos muito porque o objetivo era correr a prova na casa dos 37 segundos. Não sei o que aconteceu que não conseguimos. Cada um deu seu melhor no revezamento", lamentou Aldemir, de apenas 20 anos.

A equipe do revezamento 4x400 m feminino do Brasil também não passou pela qualificação. Joelma Neves de Sousa, Jailma Sales de Lima, Aline Leone dos Santos e Geisa Coutinho ficaram em 7º lugar na Série 2, com o tempo de 3:32.95. Os Estados Unidos venceram a série, com 3:22.09. Na Série 1, a vitória foi da Jamaica com 3:25.13.
Praia Grande comemora participação em massa da garotada no Estadual Escolar
A sétima etapa do II Campeonato Estadual Escolar Modalidade Olímpica Atletismo foi um sucesso. Cerca de 1.000 jovens estiveram na Pista Municipal de Atletismo de Praia Grande, litoral sul paulista. Participaram do evento 45 escolas, vindas da região do ABCD, Litoral, Campinas e outros municípios da Grande São Paulo.

"Foi uma das etapas com maior número de participantes, ficando atrás apenas de São Paulo e Presidente Prudente. Tivemos bons resultados e a qualidade da pista sintética também ajudou os corredores. Certamente a briga na primeira seletiva do campeonato, nos dias 18 e 19 de agosto, em São Paulo, será muito forte", afirma Carlos Alberto Félix, um dos organizadores da etapa e coordenador do Centro de Excelência Esportiva da Baixada Santista.

Os principais destaques da etapa foram os campeões Felipe Rocha e Pito, nos 3.000m rasos (8min56s63), Luca da Silva dos Santos, nos 250m rasos (30s49), Letícia de Souza, nos 100m rasos (12s65), Débora dos Santos, 250m rasos (30s49), Rafaela Ribeiro da Costa, 100m com barreiras (15s55) e Rawany Borges Pinheiro, 75m rasos (10s20). 

"Essas marcas deixam eles entre os primeiros do ranking nacional em suas categorias, o que mostra que o resultado técnico foi excelente", ressalta Lázaro Velázquez, um dos coordenadores do Campeonato Escolar.

A próxima etapa do Estadual Escolar será disputada em Itapetininga, na próxima terça-feira (14), na Pista de Atletismo do Sesi - Av. Padre Antônio Brunetti, n° 1360, Vila Rio Branco.

O Esporte contra as Drogas
O Governo do Estado de São Paulo, a Federação Paulista de Atletismo (FPA) e o Instituto Memorial do Salto Triplo e Desenvolvimento do Esporte (IMST) iniciaram, ao lado da Polícia Militar do Estado, uma campanha de combate às drogas. Na abertura de cada evento, são ministradas palestras para mostrar aos jovens as consequências fatais causadas pelo uso de entorpecentes.

Ana Luiza dos Anjos Garcez, a Animal, é a madrinha de todos esses encontros. Ex-moradora de rua, a atleta superou as adversidades e o vício praticando esporte e irá compartilhar suas experiências com a garotada. 

A iniciativa faz parte do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (PROERD), desenvolvido pela Polícia Militar do Estado de São Paulo e visa prevenir o uso de drogas nas escolas entre crianças do ensino fundamental.

Os rumos do atletismo

 
Excelente análise sobre o pífio desempenho do Brasil no Atletismo Olímpico apesar dos R$26 milhões disponíveis para a CBAt, dos quais R$24,0 milhões de recursos públicos (R$16,0 milhões da Caixa).

Gostei da proposta da CPI do Esporte Olímpico. Está na hora da sociedade brasileira debater abertamente as mazelas do esporte.

Minha esperança de medalha no atletismo foi para ralo quando Fabiana perdeu o rumo em Londres. Se ganharmos um bronze com a Maurren vai ser uma bela surpresa.

Ponderações

R$26 milhões não é muito para a gama de modalidades do atletismo, comparado com o que o Brasil investe no vôlei, no futebol masculino, na natação, no basquete e no judô.

A iniciativa privada investe pouco no atletismo, apesar da Lei de Incentivos. Atletismo no mundo é esporte nobre. No Brasil é esporte de pobre.

Há pouca informação na mídia sobre atletismo. A maioria das pessoas acha que atletismo se resume a corridas de rua e de pista.

Corridas de rua cresceram 500% nos últimos cinco anos em nosso país. Virou diversão da classe média e não há conexão com o esporte de alto rendimento nem com a formação de atletas da base olímpica.

Como podemos ser Top 10 Olímpico se:

12.000 escolas brasileiras não dispõem de instalações para a prática de esportes.

Há um déficit de 60 mil professores de educação física.

Educação física não é disciplina obrigatória em todos os níveis de ensino.

Menos de 5% dos recursos da lei de incentivos são destinados efetivamente para projetos de esporte, educação e inclusão em áreas de vulnerabilidade social.

Projeto

Recentemente, começamos a trabalhar voluntariamente com atletismo sustentável no Distrito Federal. Temos plena convicção de que 2016 será um pouco melhor do que 2012, porque não houve o tão falado e pouco praticado investimento na base. Mas podemos dar um salto qualitativo a partir de 2020. O trabalho liderado por Joaquim Cruz com a preparação de 30 jovens corredores para as Olimpíadas de 2020 é uma luz no fim do túnel.