Reeleito presidente do COB, Nuzman foca Brasil entre os Top Ten em 2016

Principal objetivo no novo mandato é levar país ao Top Ten no quadro de medalhas em Rio 2016 de forma sustentável

Assembleia Eleição do COB 2012
Crédito: Publius Vergilius/Acervo COB

O advogado Carlos Arthur Nuzman foi reeleito, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para o quadriênio 2013-2016. A chapa de Nuzman, que elegeu o também advogado André Gustavo Richer como vice-presidente da entidade, foi a única a apresentar registro para o processo eleitoral. Nuzman foi reeleito com 30 votos a favor e um contra. A eleição definiu também a composição do Conselho Fiscal e os Membros Eleitos. O principal objetivo do COB neste período é levar o Brasil ao grupo dos 10 países que lideram o ranking do número total medalhas nos Jogos Olímpicos de 2016.

“Estamos às vésperas de um ciclo olímpico inédito na história do Brasil, que marcará a oportunidade dos nossos atletas participarem dos Jogos Olímpicos em casa pela primeira vez”, disse Nuzman em seu discurso de posse. “Baseado no Programa Estratégico Olímpico 2016, elaboramos projetos criteriosos, detalhados, apoiados em Ciência do Esporte, com objetivos e métricas de avaliação de resultados muito bem definidos, que refletem o patamar que o COB detém hoje de conhecimento e de excelência de gestão do esporte de alto rendimento”, disse Nuzman, membro honorário do Comitê Olímpico Internacional.
Na eleição desta sexta-feira tiveram direito a voto os presidentes das 30 Confederações Brasileiras Dirigentes de Esportes Olímpicos e os três membros natos do COB – Carlos Arthur Nuzman, André Gustavo Richer e João Havelange. A Confederação Brasileira de Futebol não enviou representante para a eleição do COB e o interventor da Confederação Brasileira de Vela e Motor, Carlos Luiz Martins, está em viagem internacional. A eleição foi realizada através de voto foi secreto, em cédula única.
Em cumprimento ao que determina o artigo 11 do Regimento Interno da Assembleia do Comitê Olímpico Brasileiro, o prazo para o registro de chapas para o pleito foi encerrado no dia 30 de abril de 2012. Naquela data, apenas a chapa Carlos Arthur Nuzman / André Gustavo Richer apresentou candidatura para a eleição, cumprindo todos os requisitos do processo eleitoral do COB.
Atleta olímpico do voleibol nos Jogos Olímpicos Tóquio 1964, Carlos Arthur Nuzman assumiu o COB em 1º. de julho de 1995, após uma era de conquistas e glórias do voleibol brasileiro em que presidiu a Confederação Brasileira de Voleibol. No COB, imprimiu um modelo de gestão profissional à entidade, atraiu patrocinadores para os esportes olímpicos, participou diretamente da criação de leis que hoje são fundamentais para o esporte brasileiro, tais como a Lei Agnelo/Piva e a Lei de Incentivos ao Esporte, e conquistou para o Brasil a sede dos maiores eventos multiesportivos do mundo, como os Jogos Pan-americanos (Rio 2007) e os Jogos Olímpicos (Rio 2016).
Em termo de conquistas de medalhas olímpicas, em apenas cinco edições dos Jogos a gestão Nuzman levou o Brasil a uma média de 13,8 medalhas, contra 2,4 medalhas das 16 edições anteriores que o Brasil disputou. “Com o aumento do aporte financeiro no esporte olímpico brasileiro após a conquista do direito de receber os Jogos Olímpicos Rio 2016, temos certeza ser possível dar um salto de qualidade e quantidade na conquista de medalhas nas próximas edições dos Jogos”, afirmou Nuzman. “O foco do nosso trabalho é o atleta, mas sabemos, inclusive pela experiência internacional, que o investimento no atleta precisa ser integral, contemplando a infraestrutura necessária para que ele tenha um bom desempenho. Louvamos as iniciativas das bolsas e incentivos destinados aos atletas, promovidas pelo governo federal, por intermédio do Ministério do Esporte, que permitem uma maior dedicação aos treinamentos e competições. Nesse contexto, cresce a importância dos centros de treinamento, o primeiro deles montado pelo COB em instalações cedidas pela Prefeitura do Rio, no futuro Parque Olímpico, e que se transformará, como legado, após 2016, no Centro Olímpico de Treinamento do Brasil”, disse Nuzman.
O presidente do COB destacou a evolução do esporte brasileiro nos últimos anos. “O patamar do esporte olímpico brasileiro mudou com a realização dos Jogos Pan-americanos Rio 2007 e a conquista do direito de organizar os Jogos Olímpicos Rio 2016. Vivemos o momento mais importante do esporte nacional, uma vez que temos metas e desafios grandiosos à frente. Isso tudo faz com que a minha motivação seja a maior possível”, afirmou Nuzman. “Estou absolutamente focado no compromisso de entregar Jogos excelentes e colocar o Brasil entre os dez primeiros países pelo total de medalhas em 2016. Essa missão é para o país e será cumprida junto com os Governos Federal, Estadual e Municipal, as Confederações e todos os que amam o esporte”, concluiu.

As principais metas do COB para o quadriênio 2013-2016

- Colocar o Brasil entre os dez primeiros países pelo total de medalhas no Rio 2016 – TOP TEN
- Em parceria com as Confederações e o Ministério do Esporte, executar o Programa Estratégico Olímpico 2016 elaborado pelo COB, que é um conjunto de projetos criteriosos e detalhados para cada modalidade
- Ampliar o número de atletas capazes de conquistar medalhas
- Aumentar o número de medalhas nas modalidades em que já temos tradição de conquistas olímpicas
- Conquistar medalhas em novas modalidades
- Intensificar a utilização das Ciências do Esporte na preparação dos atletas
- Consolidar um novo patamar do esporte de alto rendimento no país a partir de 2016
Atenção – Fotos da eleição do COB estão disponíveis na Sala de Imprensa (imprensa.cob.org.br)  do site do COB.

Chapa vencedora para o quadriênio 2013/2016

Presidente: CARLOS ARTHUR NUZMAN
Vice-Presidente: ANDRÉ GUSTAVO RICHER
Membros da Assembleia:
Alexandre Abeid
Bernard Razjamn
Christiane Paquelet
Edson Figueiredo Menezes
Eduardo Henrique De Rose
João Granjeiro Neto
José Gustavo de Souza Costa
Manoel Felix Cintra Neto
Membros do Conselho Fiscal:
Ângelo Moniz Freire Vivacqua               
Guilherme de Oliveira Campos              
Meton Braga de Oliveira     
   
Confira as principais realizações de Nuzman à frente do Movimento Olímpico Brasileiro

Medalhas do Brasil em Jogos Olímpicos
Antes de Nuzman: em 16 edições, 39 medalhas conquistadas - média de 2,4 por Jogos -, sendo 9 de ouro, 10 de prata e 20 de bronze
Com Nuzman: em 5 edições, 69 medalhas conquistadas - média de 13,8 por Jogos -, sendo  14 de ouro, 20 de prata e 35 de bronze

Principais realizações
Área Esportiva

- Participação direta na criação da Lei Agnelo/Piva (2001)
- Participação direta na criação da Lei de Incentivos Fiscais ao Esporte (2006)
- Realização de duas Assembleias da Organização Desportiva Pan-americana – ODEPA (2005 e 2007)
- Liderou a conquista da sede e a realização dos Jogos Sul-americanos Brasil 2002 (2002)
- Liderou a conquista da sede e a realização dos Jogos Pan-americanos e Parapan-americanos 2007, unificando pela primeira vez a sede dos dois eventos (2002)
- Liderou a conquista da sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 (2009), do qual é presidente do Comitê Organizador Rio 2016
- Implantação do período de aclimatação das delegações brasileiras em Centros de Treinamento de diversos países visando os Jogos Olímpicos Atlanta 1996, Sidney 2000, Atenas 2004, Pequim 2008 e Londres 2012 (Crystal Palace)
- Imprimiu nível de participação olímpica do Brasil nos Jogos Pan-americanos (1999)
- Implementação, de forma permanente e contínua, de contrato para o fornecimento de material esportivo às delegações brasileiras
- Organização da Passagem da Tocha Olímpica Atenas 2004 na cidade do Rio de Janeiro (eleita a melhor de todo o Revezamento Mundial)
- Criação da Comissão de Atletas do COB (2008)
- Criação da Comissão de Mulheres no Esporte (2012)
- Implantação do Centro de Treinamento Time Brasil (2011)
- Criação do Programa de Apoio ao Atleta através do IOB (2011)
- Organização de 12 edições da Semana Olímpica (desde 2000)
- Organização de 7 edições de Olimpíadas Universitárias (desde 2005)
- Organização de 15 edições de Olimpíadas Escolares (desde 2005)
- Contratação de 21 atletas de modalidades olímpicas e pan-americanas como funcionários do COB

Área Cultural

- Criação da Biblioteca do COB (1996)
- Criação do Prêmio Brasil Olímpico (desde 1999)
- Criação da Semana Olímpica (desde 2000)
- Criação do Selo COB Cultural (2005)

Área Acadêmica

- Criação da Academia Olímpica Brasileira (1998)
- Criação do Instituto Olímpico Brasileiro – IOB (2008), com a implantação de diversos cursos de gestão, tais como o Curso Avançado de Gestão Esportiva, Fundamentos da Administração Esportiva; Curso de Administração Esportiva; e Curso de Introdução ao Sistema Olímpico para Jornalistas
- Criação da Academia Brasileira de Treinadores (2012), com a implantação de curso de qualificação para técnicos

Carlos Alberto Froes, do Triatlhon, Escreve ao Pajé Olímpico.

O presidente da Confederação Brasileira de Triatlon
enviou a seguinte mensagem a
Carlos Arthur Nuzman

Presidente Nuzman,

Suas ações a frente do Comitê Olímpico Brasileiro lhe dão respaldo e
credibilidade para continuar orientando os caminhos de progresso da
comunidade olímpica deste país.
Antes de sua gestão foram realizadas dezesseis edições de Jogos Olímpicos
com a conquista de 39 medalhas.
Em sua gestão tivemos cinco edições e a conquista de 69 medalhas.
Ou seja, com menos de um terço de mandato de
seus antecessores o crescimento foi extraordinário.
Se já não bastasse o avanço esportivo com as conquistas de medalhas e
realização de Jogos Sul Americanos, Jogos Pan Americanos e por acontecer
Jogos Olímpicos sua gestão teve expressivas conquistas na área política
através do apoio na elaboração das Leis Agnelo/Piva e Incentivo.
Também não podemos esquecer os avanços na área da cultura com criação do museu
olímpico e diversos prêmios de reconhecimento daqueles que deram e dão alma para o
desporto olímpico do Brasil. Sua gestão também criou e está oportunizando
conhecimento para diversos profissionais através da Academia Olímpica.
Já escutei algumas vezes de que você não é “bonzinho”. Hora, para
conquistar desafios e cumprir metas não se pode ser “bonzinho”.
Tem que terausteridade e competência.
Obrigado presidente Nuzman por não ser “bonzinho”. Alguns amigos
presidentes de confederação vão entender o que escreverei a seguir:
“Bonzinho” não conquista nada.
Quem conquista é o “malvado” (no bom sentido).
Então me amigo presidente. Vamos em frente e conte com o triathlon no
exercício de seu mandato.

Cordiais Saudações.

Carlos Alberto Machado Fróes
Presidente

COMENTÁRIOS

1. Para o cartola do triatlhon, a única coisa que vale é a medalha olímpica conquistada. Falta de política de massificação da prática esportiva não tem nenhuma relevância. Esse olhar míope do esporte é dos fatores do seu atraso.

2. Se para o presidente Froes o sucesso é medido pelo número de medalhas olímpicas, ele se deu um atestado de incompetência. Afinal de contas a modalidade que ele representa nunca ganhou nenhuma medalha olímpics. E está muito longe de fazê-lo. Por isso, ainda na lógica do Sr. Froes, ele deveria renunciar ao cargo que há muitos anos ocupa e deixar que alguém mais proximo dos atletas assuma.

3. O Sr. Froes esqueceu-se de escrever que a era Nuzman inflacionou o podium olímpico brasileiro em 2.800%. Ou seja, recebeu maciço volume de dinheiro público para pouquíssimos resultados, o que comprova a existência de dinheiro, porém a falta de gestão competente.

4. Enigmático o predicado “malvado (no bom sentido)” que o presidente do triatlhon usa em sua subserviente mensagem ao Pajé Olímpico. Dá a impressão de que ele enaltece a figura do “espertalhão”, do “malandro