A SITUAÇÃO NO COMITÊ OLÍMPICO BRASILEIRO É TENEBROSA
Carlos Nuzman não tem a unanimidade na Assembléia Geral do Comitê Olímpico Brasileiro.
Nuzman tem mantido-se no poder pela força bruta política, usando de todos os meios de pressão que lhe estão ao alcance.
Houve, desta vez, movimentação de várias Confederações que pretendiam fazer uma chapa de oposição. Houve reuniões, telefonemas, até que Nuzman ficou sabendo.
Quando tomou ciência de que Confederações ensaiavam oposição, Nuzman chamou uma a uma para conversar, individualmente.
Dono absoluto dos destinos da verba pública decorrente da Lei Piva, Nuzman conseguiu abafar o movimento oposicionista.
Não acredito que asConfederações que discutiram a chapa de oposição, hoje, tenham coragem de admitir que cogitaram não apoiar a reeleição de Nuzman.
Mas a verdade é que essa movimentação existiu e chegou a contar com mais de dez Confederações.
Nuzman altera os estatutos do Comitê de forma a impedir qualquer chapa de oposição.
Além disso, insere “regras” eleitorais em Regimentos Internos.
Esses tais Regimentos Internos devem ser guardados junto com a Constituição Britânica.
Várias Confederações nunca sequer viram esses Regimentos Internos.
Nuzman até o momento ignorou o registro da candidatura de Eric Maleson, atleta olímpico e atual presidente da Confederação Brasileira de Desportos do Gelo.
À luz do estatuto, a candidatura de Maleson está absolutamente regular.
O que não está no estatuto não vale. Nuzman não pode invocar os misteriosos e fantasmagóricos Regimentos Internos para desqualificar a candidatura de Eric Maleson.
O Comitê Olímpico Brasileiro criou uma estrutura espúria de poder, ilegítimo, que congrega uma série de interesses.
O Comitê Brasileiro não pode ser tratado como propriedade privada de alguém.
O Ministério Público também possui legitimidade para questionar a legalidade e constitucionalidade do estatuto do COB.
E acho que deveria fazê-lo.
Daqui até 2.016 o volume de dinheiro público que circulará pelas contas bancárias do COB será brutal. .